Resenha do livro “ lopes, carlos. cooperação e desenvolvimento humano: a agenda emergente para o novo milênio. são paulo: editora unesp, 2005.”
O livro “Cooperação e desenvolvimento humano: a agenda emergente para o novo milênio”, foi escrito por Carlos Lopes, representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (PNUD). Natural da Guiné-Bissau, o autor escreveu cerca de outros 20 livros onde demonstra sua preocupação com os problemas de desenvolvimento econômico e social, principalmente do continente africano. Em sua obra “Cooperação e desenvolvimento humano: a agenda emergente para o novo milênio”, ele aborda a cooperação internacional que, em todos os seus estágios, visa alcançar o desenvolvimento das nações menos desenvolvidas.
De acordo com Lopes , a globalização tem transformado o mundo e acentuado as diferenças, com ela surgem novos desafios e os que não conseguem superá-los acabam sendo excluídos. Nesse cenário, a ética surge como importante instrumento para se pensar um desenvolvimento que respeite as liberdades culturais dos indivíduos. Para Gianetti (2002), a universalização da insegurança é consequência da má distribuição das riquezas globais que provoca uma crise de valores. Um processo de globalização que fosse apoiado na ética não teria como único objetivo a expansão do comércio. Globalização e ética juntas, levariam as diferenças culturais a um nível que as tornaria facilitadoras do acesso aos benefícios provenientes da globalização por parte dos países menos desenvolvidos . Lopes nos traz uma abordagem a respeito do “desenvolvimento de capacidades” termo que, segundo ele, descreve a necessidade de se “melhorar a performance das atividades que estejam relacionadas a um crescimento em todos os níveis de sociedade” (Lopes, 2005). Isso significa que países menos desenvolvidos não podem manter uma atitude passiva diante de suas necessidades. É preciso desenvolver suas capacidades para que consigam usufruir dos