Resenha do livro ''dirceu e marília''
O autor mineiro, além de ter várias outras obras, ganhou o prêmio de “Melhor Ilustração Hors-Concours” em 2003, pela ilustração de Conto de Escola, de Machado de Assis.
Nesta obra, Nelson Cruz quer passar ao leitor o que teria passado na cabeça de Dirceu (Tomás Antônio Gonzaga) na noite fria de 1789, em Vila Rica, quando foi preso por ser acusado de inconfidente.
Como texto árcade e romântico, possui linguagem simples e uso de pseudônimos (que designava Tomás Antônio Gonzaga como Dirceu e Maria Dorotéia como Marília); e recomenda-se essa leitura a partir de 15 anos, por que é nessa faixa etária que se aprende mais sobre as obra árcades, deixando o conteúdo do livro mais claro e compreensível.
Pode-se perceber também, que o texto envolve grande conflito histórico devido à inconfidência mineira. Há uma comparação da cidade como o mar, feita por Dirceu, que o remeteu a lembrar de quando estava partindo de Lisboa ao Brasil - Ele descreve os telhados e morros ondulando na noite como ondas.
Naquela noite, o medo tomava conta das pessoas, pois quase ninguém se arriscava a chegar à janela para vê-lo passar algemado. Neste momento ele perde as esperanças de conseguir uma república livre, mas apesar de tudo que Dirceu passava naquele momento, ele não parava de pensar em Marília.
Nelson Cruz se saiu muito bem em todos os aspectos, mas o que mais se destaca foi à descrição de como Dirceu encontraria Marília; que foi imaginado por Nelson como se ele estivesse na cabeça de