Resenha do filme o diabo veste prada
O filme retrata a verdadeira “via sacra” a que a recém formada em jornalismo Andrea Sachs, interpretada pela atriz Anne Hathaway, se submete na busca pelo emprego dos seus sonhos. Uma comedia romântica que desnudou os bastidores do mundo dos editoriais de moda, glamour e poder, mas também evidencia seu lado obscuro retratado pelo consumismo desenfreado, superficialidade das pessoas e suas relações.
Inicialmente, Andrea Sachs é mostrada como uma jovem simples, sem muito requinte ou vaidade com uma vida aparentemente normal e sem grandes badalações, porem que busca a realização profissional. Seu perfil retrata bem o da maioria dos jovens recém formados e seus medos e anseios na busca pela auto afirmação.
A oportunidade que espera vem, não bem da maneira que esperava, mas como neste caso “os fins justificam os meios”, ela aceita uma proposta de trabalho em uma revista renomada de moda, não como jornalista que era sua pretensão, mas como segunda secretaria da toda poderosa Miranda, e editora chefe da revista Runway. A experiência lhe renderia uma espécie de “passaporte premiado” para trabalhar em qualquer lugar. Tal situação remete bem a encontrada pelos recém formados em busca de seu primeiro emprego: trabalhar em uma área diferente da esperada, para garantir a experiência necessária para entrada no mercado de trabalho almejado.
O universo encontrado por Andrea é completamente antagônico ao seu: marcas multimilionárias, requinte, mas principalmente superficialidade e arrogância. Porém com as constantes humilhações a que é submetida, ela decide mudar seu estilo por completo e se enquadrar no ambiente. Esse momento do filme retrata de maneira bem clara o que acontece com aqueles que não se enquadram no estereotipo adotado pelo mundo fashion: exclusão e humilhações. Critica sutil ao capitalismo selvagem e suas vertentes.
A supervalorização da imagem e do consumo é mostrada através dos personagens que integram o ambiente