Resenha do filme "sashuhsahs"

O projeto de vida de Jack consistia em, através do consumismo, adquirir a “felicidade”, pensamento enraizado em nossa cultura capitalista. Porém, com o decorrer do filme, vemos que tal método pode formar um ser frágil e tímido que possua um comportamento “100% correto”, mas que esconde problemas que só são extravasados quando o protagonista decide assistir à reuniões de pessoas que tenham algum tipo de deficiência ou problema físico e que não conseguem adaptar-se emocionalmente. Entretanto, com a entrada de Marla Singer aos grupos que ele frequentava, começou um processo de desconforto pela companhia de tal mulher. A partir desse momento, “nasce” Tyler, a dupla personalidade de Jack, ocasionada pela necessidade de Jack abstrair seus problemas, surge um segundo “eu” que era capaz de fazer tudo que o primeiro não fazia, ousado, confiante, corajoso e criador do clube da luta, local onde as pessoas, como o nome já diz, lutavam para esquecer os tropeços da vida.
Através disso, podemos trazer à tona uma questão: um sujeito com uma vida bem sucedida (bom emprego e situação financeira favorável) e com uma vida inerente à moral e a ética é realmente um modelo a se seguir? Será que tal forma de agir, não de forma tão evidente como no filme, não pode fragilizar a psique de seu agente? Creio que sim, já que Jack não possuía amigos (algo explícito no filme), com exceção dos amigos dos grupos que frequentava, e graças a isso, não tinha com quem compartilhar suas dúvidas, não tinha com quem conviver, se sentia tranquilizado apenas quando via alguém que sofresse mais que ele. Jack precisava de um incentivo, de um “amigo-irmão” que não surgiria da noite pro dia, a menos que fosse um pedaço de si mesmo. Ainda poderíamos caracterizar Jack como um ser covarde, passivo, pelas atitudes tomadas em seu trabalho, em que se conforma em viver uma vida “balão”, colorida e bonita por fora, mas vazia por