Resenha do filme Romance.
Direção para TV e Vídeo – Rodrigo Martins
Nathália Aguiar – 4° Período
Análise do Filme Romance a partir da proposta ética-estática de Guel Arraes.
Uma das principais características de estilo de Guel é fazer programas que de TV que tematizam a própria TV, a realidade ajudam a construir a linguagem. Reinventou o modo de produzir conteúdo técnicos-expressivos de modo inovador e criativo.
Dentre outros elementos estéticos comumente utilizados por Guel Arraes, a metalinguagem é um dos dados mais sobressalentes no processo de construção da narrativa.
Romance é o primeiro filme dele produzido apenas para cinema. O diálogo com a TV se dá de outra maneira, dentro da trama, a partir das referências constantes ao universo televisivo. O filme começa em um ambiente teatral, onde o casal trabalha. Depois Ana vai trabalhar no TV, fazer novelas a convite de Danilo, ele apresenta um viés para o cômico que é um dos segmentos de personagem do tipo paródia. O personagem Rodolfo Pires (Bruno Garcia) também faz paródia, representado parte da classe artística que se irrita não ser tratada como estrela. O filme possui diferentes tipos de estrutura, fazendo, no entanto, com que exista a predominância de um viés cômico sobre as demais. Abordada com mais ênfase na primeira metade, explora as relações nem sempre dóceis entre o teatro e a televisão no Brasil. A outra aborda a dúvida entre independência autoral e necessidade comercial que guia a produção televisiva. A escolha do ambiente Nordestino se dá por ser território conhecido. Ele tem a característica de querer fazer a arte e a vida uma coisa só.
Além do diálogo de mostrar a realidade da TV e do teatro, aborda a dúvida ideológica entre fazer por amor ou se render à industrialização.