Resenha do filme "os seus, os meus e os nossos"
O filme “Os seus, os meus e os nossos” conta a história da união da família de Helen North e de Frank Beardsley. Os dois são viúvos e tem, respectivamente, dez e oito filhos. Namorados durante a adolescência, eles se reencontram depois de 30 anos e decidem se casar. As duas famílias se mudam para uma grande casa iniciando, assim, a convivência e os conflitos. Tais conflitos advêm das distintas dinâmicas e padrões comportamentais de cada família. Enquanto Frank preza pela disciplina e educação rigorosa de seus filhos, Helen adota uma maneira mais livre e acolhedora para criação de seus filhos. De outra maneira, pode-se dizer que os papéis sociais exercidos por Frank e Helen são muito diferentes e complementares. Estes papéis podem ter se cristalizados na interação, onde Frank exerceu a função de “durão”, e Helen de “permissiva”. Em relação aos filhos, não foi possível perceber papéis específicos de cada um, porém é evidente comportamentos correspondentes ao papel social de filho nas famílias nucleares burguesas.
As diferenças dos padrões de cada família causaram choques culturais que propiciaram conflitos entre os filhos dos dois grupos familiares. Assim, o casal tentou se unir para educar todas as crianças e adolescentes juntos, porém, os conflitos entre os dois começam a surgir quando os filhos mais velhos tiveram a idéia de provocar momentos conflituosos para incitar a separação do casal. Quando os filhos percebem que seus objetivos de separação do casal e, conseqüentemente, da nova família estão prestes a se concretizar, eles se arrependem e contam sobre seus planos aos pais. Assim a família reconstituída une-se novamente.
Pode-se dizer que as dificuldades relacionais vividas pela família do filme têm origem nas distintas formulações de conceitos e experiências do que vem a ser “estar em família”. Cada grupo familiar tem um padrão, mesmo que inconsciente, que determina quais são as leis, a forma de ser