resenha do capítulo “O bom professor para o aluno de hoje”, do livro “O bom professor e sua prática” de Maria Isabel Cunha
Resenha A autora revela que decidiu trabalhar com alunos para construir a amostra de “Bom Professor” (objeto de sua pesquisa) analisando a realidade, ou seja, o cotidiano nas escolas. Cunha diz (cit. p . 64): “As instituições de ensino de qualquer um dos graus não têm projeto próprio, explícito, que delineie “o padrão ideal”. Assim, quando se fala de BOM PROFESSOR, as características e/ou atributos que compõem a ideia de “bom” são frutos do julgamento individual do avaliador. É claro que a questão valorativa é dimensionada socialmente. O aluno faz a sua construção própria de bom professor mas, sem dúvida, esta construção está localizada num contexto histórico-social. Nela, mesmo de forma difusa ou pouco consciente, estão retratados os papéis que a sociedade projeta para o BOM PROFESSOR. Por isto ele não é fixo, mas se modifica conforme as necessidades dos seres humanos situados no tempo e no espaço.”
Existe um jogo de expectativas relacionadas ao desempenho entre professor e aluno. A escola como instituição social que determina aos seus próprios integrantes os comportamentos que deles se espera. Por outro lado, como instituição social, ela é determinada pelo conjunto de expectativas que a sociedade faz sobre ela. Assim, este fluxo é que reproduz a ideologia dominante.
São valiosas as análises da autora. Cunha afirma (cit. p . 66): “A instituição interfere na expectativa, tanto dos professores como dos alunos”
Ela comparou depoimentos entre alunos dos 2º e 3º graus e percebeu vários aspectos diferentes. Os alunos do 2º grau requerem um professor mais diretivo justamente pelo reflexo da posição mais diretiva das escolas de 2º grau, imposição de horários de alunos e professores, definição de