Resenha do capítulo “Kung Fu Panda – A China Diante de Hollywood” do livro “Mainstream”

Resenha do capítulo “Kung Fu Panda – A China Diante de Hollywood” do livro “Mainstream”

Este capítulo sobre a China é bastante ilustrativo e nos revela como o mainstream/blockbusters consegue se difundir diante todas as dificuldades impostas pelo governo Chinês. Com uma política dura, “censuradora” e protecionista com a cultura local, é quase impossível a disseminação em massa dos filmes americanos no território asiático.

Diante a esse cenário, podemos perceber que, embora a resistência local para com os filmes americanos seja extremamente limitada e rígida, eles ainda alcançam em torno de 50% das bilheterias do país. É um fenômeno, visto que o número de filmes liberados pelo governo é algo em torno de dez a vinte, no máximo. Isso se dá pelo fato dos jovens se renderem ao cinema hollywoodiano, embora não descartem totalmente a cultura local. Portanto, instala-se um sistema, um dilema, na verdade: aceitar Hollywood é lucrativo e moderno, porém pode acabar com a cultura e valores próprios. Aceitar ou não aceitar?

Para os americanos, à curto prazo, creio que não seja positivo o saldo, uma vez que o lucro para estrangeiros é de no máximo 13% do valor total da renda, que foi o caso de Kung Fu Panda. Porém a bilheteria chinesa vem numa crescente demasiada, dobrando a cada três anos, ou seja, à longo prazo seria uma ótima investida.

Outro fator importante a destacar é o chamado Black Out Total, uma medida tomada pelo governo chinês quando percebem que os Blockbusters vão ultrapassar a renda dos filmes locais. O que isso significa? O governo censura TODOS os filmes, impedindo que sejam comercializados ou transmitidos em cinema, até que renda das bilheterias do cinema local volte ao normal. Mas se engana quem acha que acaba nisso.

Essa relação entre pressões econômicas e culturais fica bastante nítida quando chegamos à questão do mercado negro, da pirataria. Chega a ser chocante a resposta que um comerciante desse mercado dá a Martel, quando questionado e