Resenha do cap vi
Introdução à Economia – Wilson Cano
Na economia primitiva as trocas eram feitas diretamente, ou seja, através do escambo. Na medida em que aumentam a divisão do trabalho e o comércio, as trocas diretas tornam-se impraticáveis cedendo lugar para trocas indiretas que seriam intercambiadas por meios de pagamento. Inicialmente, os meios de pagamento eram objetos escolhidos de acordo com certa aceitação da coletividade, devido a sua raridade, durabilidade, como é o caso, por exemplo, do sal, boi, pedras preciosas. Os meios de pagamentos podem ser guardados e utilizados posteriormente, deste modo, esse novo instrumento de troca possibilitou a reserva de valor presente capaz de satisfazer uma necessidade futura. A expansão do comércio entre as cidades impediu que os meios de pagamento mais comumente aceitos, como foi o caso do ouro e da prata, fossem transportados. Deste modo, o homem precisou criar outro instrumento que fosse aceito pela coletividade: os banqueiros e governantes recebiam ouro e prata e transformavam em moedas metálicas divisionárias que tinham o valor garantido pelo ouro e prata contido nelas. Mais tarde a moeda deixou de ser feita com metais nobres, tendo o seu valor garantido pelo ouro e prata depositado pelos seus emissores (bancos e governos). Os governos e bancos também podiam emitir recibos de depósitos de ouro e prata, era a moeda-papel. Tanto as moedas metálicas, como os recibos de depósitos emitidos pelos bancos e governos tinham o seu valor garantido pelas reservas de ouro e prata depositadas, que poderiam ser trocadas por quem detivesse as moedas ou os recibos. Como somente uma pequena parte dos depósitos eram efetivamente trocados pela prata e ouro, geralmente em casos emergenciais, os bancos e governos passaram a emitir papel moeda, que não são de fato conversíveis em ouro e prata e que tem a circulação forçada e garantida pelo poder público, ou seja,