Resenha do artigo “educação escolar e higienização da infância”, de heloísa helena pimenta rocha.
O que se evidencia com a leitura do texto é que, ao considerar os problemas sanitários como sendo de ordem educativa o Dr. Antônio de Almeida Junior coloca a instituição escolar em uma posição central nessa política. Para tanto, a escola tinha exatamente o perfil e o alcance desejados, afinal, era vista como um local para inculcação de hábitos e de disciplinamento infantil e que, quando bem executados, ainda ultrapassariam os limites de seus portões.
Outro ponto a salientar é o valor dado a plasticidade infantil – física e mental - e a capacidade de “modelagem” – de hábitos e de corpo - que seria possível nessa fase a ponto de colocar a prevenção realizada na fase adulta pouco ou nada eficaz. E, novamente, a escola é apontada como a única capaz de realizar tal tarefa. Parece até agressivo ler isso no texto, mas a escola de hoje ainda desempenha esse papel de modeladora, quando controla, restringe e legitima determinados tipos de ações e atitudes sob seu teto, e que, obviamente, influencia os modos de viver para além de seus muros.Sob meu ponto de vista, para que esse modelo fosse totalmente eficaz, como previa a nova política sanitária paulista, o professor ficaria a mercê desses cuidados todos e me parece que assumiria muito mais um papel de controlador do que de educador. Embora, ainda exista a prática de escolas participarem de campanhas para prevenção de doenças e promoção da saúde, essas demonstram um caráter educativo e não dogmático - como ocorria na época referida. Além disso, a escola não é