Resenha “Desenhando com o artista interior”
Parte I e parte II
Desenhando com o artista interior: Edwards, Betty. Parte I e II. São Paulo: Claridade, 2002.
A autora Betty Edwards começa seu livro ponderando sua iniciativa pela busca da maneira certa de descrever o processo de Criatividade, e se é possível aprendê-la. Ao longo do texto, ela demonstra como chegou a certas conclusões mostrando parcelas de textos e considerações - escritas por pessoas consideradas “criativas” - relativos ao processo de criar.
O desenrolar da pesquisa começa com a percepção de que o desenho está muito familiarizado com o processo criativo de nossas mentes. Também do tipo de visão que o desenho proporciona – como outro tipo de linguagem mais complexa e não trabalhada pela cultura atual. É certo que a parte lógica, mais racional, é muito mais valorizada do que a parte mais relaxada e intuitiva, não considerada tão séria quanto a outra. Só agora é que passamos a ver que as outras formar de ‘escrita’ são valiosas e às vezes até mais completas que as palavras em si.
Porém, como a autora diz: “você aprenderá a desenhar – mas esse é apenas o meio, não o fim”. Desenhar seria o instrumento mais prático e barato para exercitar a ‘outra visão’ que não estamos acostumados a perceber no nosso dia-a-dia. Assim como é exercitada o lado lógico com frases e cálculos.
E falar em desenhar é outro ponto não resolvido do ponto de vista cultural. É comum escutar: ‘eu não desenho porque não tenho o dom”, mas desenhar é um aprendizado, e como tal só se evolui com a prática. Ninguém nasce desenhando, escrevendo ou falando – pelo menos na maioria dos casos. Talvez haja uma certa pretensão a alguma área, como um grande interesse desde criança. Quando gostamos, nós pesquisamos mais, praticamos mais e nos sentimos mais a vontade fazendo tal coisa – seria, então, o “talento divino” que as pessoas falam.
Existem técnicas de ensino para a capacidade artística da pessoa,