Resenha de Íon - Eurípedes
Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes
Nome: Mirella Moreno
RA: 00130307
Curso: Letras – Licenciatura em Língua Inglesa
Disciplina: Introdução ao Pensamento Teológico
Professor: Alex Villas Boas
Contextualização de Íon – Eurípedes
Íon retrata a questão da autoctonia, que por sua vez, é tratada com grande ironia. A autoctonia guarda que as pessoas naturais de certa região são pertencentes à ela, pois têm em si a cultura e os costumes do povo que ali habita. Em Atenas eles chamavam os estrangeiros por aqueles que ‘não eram cidadãos’, como se para ressaltar que os atenienses fossem talvez, algo maior ou mais digno.
A tragédia faz uma crítica à essa postura, uma vez que, sendo irônica, nos mostra que seria melhor ter um filho vindo de um abuso. Minha leitura recaiu sobre esses aspectos, e por eles decidi contextualizá-la.
No momento em que a tragédia foi escrita, Atenas passava por momentos difíceis com as guerras, e havia perdido muitos homens; por essa razão, existia uma grande preocupação se tratando do futuro daquele lugar. Eu também pude perceber uma preocupação com a possível miscigenação dos povos, quando o casamento de Creúsa com Xuto pareceu desconfortante, já que ele era estrangeiro. Para alimentar essa minha observação, vi que o
casal era infértil, ou seja, não teria herdeiros, e assim, era uma ligação desigual. Porém, o fato de Creúsa ter sido abusada por um Deus não seria crível, e logo, se deixasse mostrar sua gravidez poderia ser expulsa de casa e ter seu filho como um mero bastardo. Sendo mulher, esse seria seu fim. Mas quando se trata de Xuto, ao reconhecer Íon como seu filho por causa da profecia, nada aconteceria, mesmo ele confessando que poderia ser fruto de uma noite de comemorações tempos atrás. Creúsa, pensando nisso, abandonou
Íon, e arrependeu-se amargamente por tê-lo feito. Mas nada estava perdido.
Íon retorna para a mãe, que triste, lamentava o