Resenha de o serviço social na contemporaneidade
- É senso comum pensar que o serviço social surge como profissão ao se atribuir uma base técnico-científica às atividades de ajuda, à filantropia. Ela depende [a profissionalização] ao contrário, de uma progressiva ação do Estado na regulação da vida social, quando passa a administrar e gerir o conflito de classe. É quando o Estado se “amplia” nos termos de Gramsci, passando a tratar a questão social não só pela coerção, mas buscando um consenso na sociedade, que são criadas as bases históricas da nossa demanda profissional.
- O serviço social tem na questão social a base de sua fundação como especialização do trabalho.
- Hoje há uma filantropia do grande capital integrada ao desenvolvimento das forças produtivas e não comoa filantropia do século XIX baseada no romantismo e em pessoas de boa vontade.
- Três armadilhas das quais a categoria se viu prisioneira nos últimos anos: o teoricismo, o politicismo e o tecnicismo.
- Três pressupostos em que se baseou a procura de firmar novos pilares para o exercício profissional: 1) A apropriação teórico-metodológica no campo das grandes matrizes de pensamento social; 2) Engajamento político nos movimentos organizados da sociedade e 3) Aperfeiçoamento técnico-operativo.
- Esses elementos são complementares entre si, mas, aprisionados em si resultam nas três armadilhas supracitadas.
- Dois elementos da proposta curricular de 1996 que representam uma ruptura com a concepção de 1980: 1) Considerar a questão social como base de fundação sócio-histórica do serviço social e 2) Aprender a prática profissional como trabalho e o exercício profissional inscrito em um processo de trabalho.
- O conhecimento deve ser encarado como um meio de trabalho do assistente social.
- O assistente social não é um profissional liberal mas um trabalhador assalariado, visto que, parte dos meios ou recursos