Resenha de livro
Segundo LIosa, esse ensaio não tem pretensão de elevar o número enorme da interpretação sobre a cultura contemporânea, mas de constatar a deterioração que ela vem sofrendo ao longo dos anos. Ele faz uma demonstração de como a cultura se aproxima, cada vez mais, do entretenimento e se afasta da reflexão e de qualquer empreendimento que exija do indivíduo algum esforço intelectual maior e enriquecedor, em busca de prazeres fáceis e instantâneos, ou seja, cultura é pura diversão, e o que não é diversão não é cultura.
LIosa diz, O que quer dizer civilização do espetáculo? É a civilização de um mundo onde o primeiro lugar na tabela de valores vigentes é ocupado pelo entretenimento, onde divertir-se, escapar do tédio, é a paixão universal. (p.29). Ele não tira a legitimidade desse ideal de vida, em que a sociedade aspira à descontração, ao relaxamento e ao humor, em vez de vidas envolvidas em rotinas deprimentes e entediantes, mas critica o valor exacerbado dado ao divertimento inconsequente, em que a cultura é banalizada, na qual há a generalização da frivolidade e, no campo da informação, o crescimento do jornalismo sem comprometimento com a verdade, que incentiva a curiosidade desmedida e o escândalo.
Há segundo o autor, há nos dias atuais uma desenfreada procura por diversão e distração, e não é de se entranhar que a literatura mais representativa de nossa época seja a literatura light, leve, ligeira, fácil, rápida, e que sem o menor rubor se propõe, acima de tudo e sobretudo (e quase exclusivamente), divertir. (p.31).
O capitalismo transformou a cultura em