Resenha de Colombo e os Indios
Sidiana Soares Santos
Em suas anotações, Colombo, só cita os homens por estes fazerem parte da natureza. Quando não cita entre árvores e pássaros, fazendo as comparações das pernas com as raízes, Colombo utiliza-se do espanto ao vê-los nus, como andavam reis, mulheres, crianças com tudo a mostra. Raramente Colombo ateve-se as descrições físicas de tais pessoas, apreciando aquelas que poderiam se parecer com ele, como as peles mais claras, e as declarando como “belíssimos corpos de mulheres” (21.12.1492), se impressionava quando achava que eram mais parecidos aos homens europeus do que aos animais, mesmo andando nus, possuíam inteligência. Colombo, sendo movido somente pela visão de sua convivência, acreditava que os índios não tinham costumes, ritos, religiões, já que o vestir vinha da expulsão do paraíso, então considerava eles agora, além de pobres de linguagem, pobres de cultura também. Colombo considerava todos os índios, de diferentes ilhas idênticas, por estarem nus e pintados, que sempre realizavam o mesmo ritual, porém, tinha certa admiração pela beleza física dos mesmos. Nas trocas, Colombo, considerava os índios portadores de uma burrice, já que trocavam pedaço de ouro, por exemplo, por coisas, consideradas pelos espanhóis como banais, como pedaço de vibro/barris quebrados, porém como Colombo só classificava as coisas devido a sua convivência não soube compreender que aquele sistema de troca que ele conhece, era um sistema de troca europeu apenas. Ele, Colombo, relata em suas anotações o espírito de convivência coletiva dos índios, sobre moradia, comida e afazeres, chamando-os de generosos, porém, quando os índios tentam agir assim com os cristãos, são classificados como ladrões e punidos. Além de generosos, Colombo, considera os índios como