Resenha da livro Pedagoia do Oprimido

Pedagogia do Oprimido
Este livro nos faz pensar na relação opressor X oprimido, ele traz exemplos desta situação em diversos casos do dia-a-dia, casos estes que são transferidos para o ambiente educacional.
Logo no seu primeiro capítulo que leva como titulo “justificativa da pedagogia do oprimido”, é discutido incansavelmente não só o processo desumanização que o opressor gera em seus oprimidos, mas a violência que gera a si próprio. Já que o medo à liberdade é de ambos os lados.
Para Freire uma revolução nos oprimidos pode vir a formar novos opressores, e consequentemente novos oprimidos. Ou em uma outra situação também possível seria os opressores se reconhece como tal e o oprimido aceita esta condição. Por isso ele adverte que a mudança seja feita com cautela, ou senão teremos apenas uma troca de papéis entre opressores e oprimidos. O processo de liberdade é vantajoso para ambos, porém se tratando de uma sociedade não poderá acontecer isoladamente, e sim discutida para a transformação do meio.
Transferindo esta discussão para a área do ensino, Freire destaca para a desigualdade, a marginalização e a miséria que a educação no Brasil produz. Ele destaca que o ensinar a não pensar é algo pensado pelos os que estão no poder, para que tenham o maior número de oprimidos, se sentindo dependentes destes para a sua sobrevivência. Citando os exemplos de falsa generosidade, falsa caridade, quando estas verdadeiramente seriam a restauração da humanidade.
Ele sugere a educação como instrumento de opressão e a classifica como “a concepção bancária”. Ou seja o professor é um depositante de informações e o aluno como um depositário, considerando assim o aluno incapaz de produzir conhecimento. Para o autor ensinar a pensar sobre a sua realidade é a forma correta de produzir conhecimento. Com o conhecimento a fundo da sua situação na sociedade o professor jamais inclinará a posição de opressor e sim buscará a liberdade do saber para a sociedade. O método de educação