resenha crítica
Resumo
Este artigo propõe apontar algumas razões para sustentar a necessidade do ensino da ética aos profissionais da saúde, considerando-o como fator de suporte e balizamento na formação do caráter, indispensável ao controle da vida e a manipulação do semelhante. Cabe, porém, ressaltar que as questões éticas envolvendo a medicina já possuem um histórico, desde que os gregos, que influenciados pela Filosofia, e de forma mais enfática por Hipócrates, obedeciam a um código de etiqueta e comportamento para o médico, o qual descrevia condutas de aparência saudável, voltadas a promover a serenidade, autocontrole, compaixão e dedicação, objetividade, responsabilidade e compromisso com o bem-estar do doente. Esse parâmetro se manteve ao longo da história e rege até hoje a conduta profissional. Entretanto, esse modelo começou a sofrer transformações após a II Guerra Mundial, Nesse contexto é oportuna a apropriação para a bioética da Teoria do Cuidado, de Boff, que afirma que o cuidado se opõe ao descuido e ao descaso. Portanto, cuidar é mais que um ato é uma atitude, que vai além de um momento de atenção, de zelo e de desvelo. Nessa perspectiva, cuidado pode ser descrito como ocupação, preocupação, responsabilização e envolvimento afetivo com o outro. Muito se tem discutido sobre essa nova disciplina que surge, a bioética, a qual é influenciada pelos aspectos temporais e culturais hodiernos. Segundo Santiago, a universidade teria que contemplar – em sua atividade formadora e de investigação – a incorporação de conteúdos éticos próprios para cada profissão, de forma que o futuro profissional, além de lograr ser um expert em sua matéria estivesse em condições de atuar com base em critérios éticos, tanto na dimensão individual como social.
Crítica
Após o término da agradável leitura desse artigo, constato que tudo que já pensava antes acerca do relacionamento dos profissionais