Resenha Crítica
Agricultura e Sustentabilidade
Desde a revolução industrial, e depois da II Guerra Mundial aconteceram grandes evoluções tecnológicas que impactaram na produtividade econômica e social que configuraram a implantação de um novo modelo urbano-industrial de desenvolvimento. O desenvolvimento planejado deste modelo começa no Brasil a partir da década de 1930 da “Era Vargas” onde a industrialização é contida como caminho para o desenvolvimento, sendo implantado no Plano Nacional de Desenvolvimento. Assim a meio rural passa a dar apoio e subsidiar o urbano através de grande escala de alimentos a baixos custos para favorecer a industrialização que da ainda mais força a idéia após a revolução verde em meados da década de 1970. Percebesse claramente que a Revolução Verde vem reforçar a idéia de adequar a agricultura ao modelo de desenvolvimento urbano-industrial, através do estimulo da mecanização, que barateia a mão-de-obra, forçando as pessoa do campo a migrarem para a cidade em busca de emprego. A quimificação induz a agricultura a uma situação de dependência de indústrias de insumo, colaborando ainda mais para a industrialização, que barateia o preço para produzir alimento, além da produção em alta escala para alimentar pessoas da cidade com ruins remunerações, e conseqüentemente transformando-as em commodities. Baseado nesse processo, o meio rural e as pessoas que nela vivem são vistos como símbolos de atraso e estagnação que são opostos ao progresso e desenvolvimento, tornando o campo um substrato para a produção e desenvolvimento, negando a identidade e cultura das regiões já existentes, mudando totalmente o modelo de vida e produção do local. Sendo assim, os interesses locais cedem lugar as demandas globais, que privilegiam os interesses das grandes corporações dos países do norte, focando apenas as esferas financeiras e deixando de lado as demais como as ambientais e socioculturais dentre outras. Em nossa sociedade