resenha crítica
Este livro é uma tese de doutorado na qual o autor busca relatar que no Brasil ao longo do século XX, foram elaboradas diferentes formas de ideologias conservadoras. Mostrando um dos aspectos menos privilegiados na ciência política que diz respeito à atuação das forças anticomunistas ao longo dessa história; o autor Rodrigo Patto Sá Motta, procura estudar o anticomunismo entre 1917 e 1964, concentrando-se nos períodos de 1935-1937 e 1961-1964; esse imaginário anticomunista presente na sociedade brasileira no inicio da década de 1960 e em vários outros momentos, foi expresso por um conjunto de imagens e representações pejorativas acerca de um mundo comunista coadjuvante e indefinível.
(...) o comunismo despertou paixões intensas e opostas: de um lado, o dos defensores, encaravam-no como revolução libertadora e humanitária, que abriria acesso ao progresso econômico e social; de outro, o dos detratores, que o encaravam como uma destruição da boa sociedade e a emergência do caos social e do terror político?(MOTTA,2002,p.XX).
Houve três momentos que se destacaram nas fases do anticomunismo, primeiro o período entre 1935-1937, que foram os três momentos cípeces do comunismo; o inicio da guerra fria e por fim a crise de 1964 que levou ao golpe militar.
Considerando a importância do fenômeno anticomunista para a compreensão da historia do século XX, chama atenção a escassez de estudos acadêmicos devotados ao tema. De maneira geral, tanto no Brasil como no exterior(Sternhel,1978:9), a historiografia e as ciências sociais demonstram maior interesse em pesquisar os revolucionários e a esquerda que seus adversários, mais se vê a importância de conhecer os dois lados, mais a revolução parece causar um