Resenha Crítica

Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI
Centro de Ciências Sociais e Jurídicas – CEJURPS
Curso de Direito
Disciplina: Direito Penal
Professora:
Período: 3º
Acadêmica: Huanita Radke Carolo.
Balneário Camboriú, 25 de outubro de 2012.

Resenha crítica: Documentário “A Justiça” de Maria Augusta Ramos

O que é Justiça para um país injusto como o Brasil? Somos a sexta maior economia do mundo, em contrapartida estamos no 88º lugar no ranking de educação (Unesco), 72° no ranking da saúde (OMS) e somos um dos campeões quando o assunto é desigualdade social. Dentro dessa perspectiva, conceito de Justiça se perde. O documentário A JUSTIÇA, de Maria Augusta Ramos, objetiva mostrar justamente a fragilidade do nosso Poder Judiciário, fazendo uma análise de todos os envolvidos neste universo, as pessoas que trabalham no judiciário: juízes, promotores, serventuários, e também aquelas que o frequentam diariamente: réus, familiares destes, advogados, defensores públicos e partes. O filme também mostra a realidade da polícia brasileira, totalmente despreparada tecnicamente, altamente carente de recursos (peritos, armamento, tecnologia) e muitas vezes corrupta (cena em que um dos acusados confessa à advogada de defesa que já subornou a polícia). Na primeira cena do documentário, onde o réu, que está na frente do juiz, é acusado de roubo com escalada de muro, fica claro que a realidade é muitas vezes distorcida e que a justiça nem sempre cumpre com o seu papel, pois o juiz durante todo o interrogatório não atenta para o fato de que o réu possui uma limitação física (perna amputada) que o impossibilitaria de ter praticado o crime ao qual foi acusado. Tal limitação ou não constava nos autos do processo, ou passou despercebida na leitura do Juiz, que também demorou a olhar atentamente para o réu e visualmente perceber a sua condição física de cadeirante. Diante desse panorama, fica claro que a aplicação das penas é injusta, visto que faltam provas, testemunhas