Resenha Crítica: Ruído Urbano e a Desvalorização Imobiliária
Sendo considerada pela OMS como a terceira pior forma de poluição, a poluição sonora não só pode acarretar em lesões auditivas, mas também em possíveis disfunções nas atividades fisicas e mentais. Apesar da poluição sonora afetar diretamente na qualidade de vida, as legislações sobre o tema, com seus índices e limites de decibéis, ignoram as principais fontes do excesso de ruído: as vias urbanas. Com a manutenção deficiente do tráfego, são inibidas as hipóteses de um controle sobre esses ruídos pelas autoridades públicas. Em Santa Maria, RS, o problema se mostra presente a cada ano. Com seus 2.700 habitantes e uma média de 90.000 veículos emplacados, Santa Maria apresenta um elevado nível de saturação viária, criando zonas de intenso ruído diariamente. Nos horários de pique a situação é nítida: com fluxo de trânsito conturbado, as imprudências por parte dos motoristas são agravadas e os níveis sonoros acentuados. Os cidadãos residentes próximos à esses locais e, até mesmo, os próprios condutores, tem demonstrado seus descontentamento através de sucessivas reclamações perante aos órgãos públicos. Apesar de algumas medidas paliativas terem sido iniciadas, os planejamentos efetivos e permanentes para a solução do problema são poucos, ou quase nunca criados. A partir de medições técnicas apresentadas no artigo, nos horários de 12:00 e 18:00, foram registrados valores altamente acima dos permitidos pela normatização brasileira e o Código de
Posturas de Santa Maria, mostrando uma falta de fiscalização e dificuldade de mudança no quadro. Devido a pouca atenção dada pelas autoridades e contínuo adensamento nos centros urbanos, o alto