Resenha Crítica Mundo de Sofia

Resenha Crítica do filme “O mundo de Sofia”

O espelho no espelho: O universo infinito das percepções.
Às vésperas de completar 15 anos, Sofia Amundsen recebe mensagens anônimas com perguntas intrigantes, como "quem é você?" e "de onde vem o mundo?". A partir dessas mensagens, a garota se torna aluna do misterioso Alberto Knox, que a acompanha em uma fascinante jornada pela história da Filosofia, de Sócrates até os dias de hoje, passando pela Idade Média, o Iluminismo, a Revolução Francesa e a Revolução Russa. Como o livro no qual se baseia, a minissérie “O Mundo de Sofia” é uma introdução inteligente e divertida à história da Filosofia, recomendada a todos que têm paixão pelo conhecimento.
Após esta breve sinopse, analisaremos do ponto de vista crítico e filosófico, o filme “O mundo de Sofia”, particularmente sua segunda parte. O filme se inicia com a ida de Sofia ao velho casarão onde conhece seu filósofo e mentor Alberto Knox. Durante o caminho, Sofia já se depara com uma atmosfera fantasiosa em que personagens fictícios se apresentam sobre uma névoa branca. Um possível significado para esta névoa seria introduzir uma “pista” ao telespectador sobre a constante relação entre ficção (fantasia) e realidade. Essa dualidade fica ainda mais evidente quando Sofia chega à casa do filósofo e se depara com o postal do Major Albert Knag endereçado a sua filha Hilde Moller Knag no qual seus passos eram narrados. Este fato deixa a garota ainda mais confusa sobre o que vê e pensa ser verdade.
Sofia, que seguia o cachorro Hermes, sobe as escadas e chega a uma sala repleta de livros. A garota se espanta ao ver, diante de seus olhos, a transformação do cão em Alberto, seu mentor filósofo. Deparando-se com um fenômeno teoricamente impossível, o filósofo pede a Sofia que não tenha medo, pois enquanto estivesse no caminho da filosofia estaria a salvo. A fala de Alberto dá indícios sobre qual seria o caminho trilhado por Sofia para encontrar respostas