Resenha crítica filme O Lenhador

RESENHA CRÍTICA DO FILME “O LENHADOR”

O filme relata a história de um condenado considerado pedófilo que é beneficiado pelo livramento condicional. Em síntese apertada o filme busca retratar a vida social do protagonista Walter após a saída do cárcere. Durante o gozo do benefício penal, Walter é acompanhado por um terapeuta e um policial, responsáveis por acompanhar o seu comportamento.
O filme deixa claro que o protagonista sofre de uma espécie de parafilia, que são os transtornos de maior relevância médico-legal e criminológico. As parafilias podem ser conceituadas como sendo fantasias sexuais, repetidas e intensas, de tipo excitatório, de impulsos ou comportamentos sexuais, que geralmente englobam objetos não humanos, sofrimento ou humilhação de um deles ou do casal ou participação de terceiros (incluindo crianças) que não consentem.
Os comportamentos próprios da parafilia – impulso ou as fantasias – provocam mal estar clínico significativo ou deterioração do doente nos âmbitos social, laboral etc. As consequências na vida decorrentes da prática desses comportamentos são inúmeras. No filme isso fica evidente quando Walter é admitido em uma empresa onde consegue trabalho, porém é tratado como uma pessoa que se encontra na iminência de delinquir.
A parafilia é gênero do qual a pedofilia é espécie. A pedofilia é o desejo intenso e recorrente de manter relações sexuais com impúberes, tanto de tipo heterossexual como homossexual. Muito embora o filme demonstre a busca de Walter em repelir o desejo sexual por crianças, o mesmo adota comportamentos que são preparatórios para a prática de delitos de abusos sexuais em menores, tais como, morar nas proximidade de escola para observar crianças, seguir menores em shopping sem levar a cabo o intento criminoso.
Todos aqueles que sofrem de alguma parafilia, como é o caso de Walter, têm em comum a dificuldade de resistir a um impulso, a uma motivação ou a uma tentação de levar a cabo um ato prejudicial para o