Resenha Crítica do Texto “Psicologia da Gestalt”

Resenha Crítica do Texto “Psicologia da Gestalt”

Vinícius Rodrigues de Assis
Virgínia E. Suassuna Martins Costa
Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Goiânia, 2011
No capítulo III do livro GESTALT-TERAPIA: REFAZENDO UM CAMINHO, Jorge Ponciano discorre sobre as teorias de fundo, das quais Perls se utilizou para formar a Gestalt-terapia. Neste contexto está a Psicologia da Gestalt, fundada por Wertheimer, Kohler e Koffka, e que se dedicou principalmente à percepção, aprendizagem e solução de problemas.
Para a Psicologia da Gestalt, quando surge problema na percepção, aprendizagem ou solução de problemas, a situação será resolvida através de uma reestruturação do campo perceptual. Pode-se comparar essa visão de problema com a da Análise do Comportamento, segundo a qual “as situações que identificamos como problemas são aquelas em que o reforçador – o resultado bem-sucedido – é claro, mas o comportamento que deve ser emitido – é obscuro. O problema é eliminado quando surge a solução e obtém-se o reforçador” (Baum, W. M, 2006).
Assim, para a Análise do Comportamento, a solução é alcançada através da mudança de estímulos que o indivíduo produz (comportamento precorrente) até chegar finalmente ao reforçador. Entretanto, ambas visões de aprendizagem e solução de problema diferem em um ponto crucial: o Behaviorismo (Radical), tendo sua teoria do reforço fundamentada na Lei do Efeito de Thorndkie, considera que “a aprendizagem é um processo gradual de eliminação de erros, com a concomitante fixação da resposta correta.” (Marx, M. H., Willix, W. A, 1973), por outro lado, para a Gestalt a aprendizagem pode necessitar de apenas uma tentativa, pois ela é um processo que envolve a introvisão, isto é, uma súbita alteração do campo perceptual. Sendo assim, a Análise do Comportamento se encontra entre as abordagens que defendem uma posição de aprendizagem continuísta, enquanto a Gestalt defende a posição descontinuísta.
Ponciano conduz