Resenha Crítica do Texto "A Caminho de outro planeta"
Não é novidade que as emissões de CO2 descontroladas estão causando diversas alterações climáticas e que estas estão cada vez mais dificultando a permanência da civilização na terra. Eventos climáticos extremos, como a seca no período entre os anos 2012 e 2013, no Nordeste Brasileiro podem se agravar em níveis sem precedentes caso níveis de CO2 continuem aumentando no ritmo atual.
A concentração de dióxido de carbono na terra hoje é alarmante, há registros de que nos Estados Unidos o nível histórico de 400 partes por milhão foi não só atingido, mas ultrapassado no mês de maio deste ano.
A marca de 400 ppm de CO2 é usada como um limite nas negociações do clima das Nações Unidas. Já há alguns anos, climatologistas têm dito que a concentração precisa ficar abaixo de 350 ppm; caso contrário, a temperatura poderia subir, em média, dois graus Celsius até o fim do século.
O dióxido de carbono fica na atmosfera por centenas de anos. Seu aumento recente está associado à queima de combustíveis fósseis – carvão e derivados do petróleo. Antes da revolução industrial, a concentração flutuava entre 180 ppm e 280 ppm.
Ao alcançar o nível de 500 ppm poderia haver grandes perdas na agricultura, pois faz com que as plantas tenham dificuldade de se desenvolver. Já se alcançar o nível de 700 ppm, estudos indicam que as plantas não se desenvolverão mais. No ritmo atual, isso levaria pouco mais de um século e levaria a um colapso na agricultura.
Mas o quadro poderia ser muito pior num futuro um pouco mais distante. A concentração do gás gerador de efeito estufa poderia chegar a 2.000 ppm, em cerca de 600 ou 700 anos, índice similar ao registrado durante a extinção do Permiano-Triássico, há cerca de 250 milhões de anos. A extinção foi a maior conhecida e vitimou 90% das espécies marinhas e 70% das terrestres.