RESENHA CRÍTICA DO LIVRO “ENTENDES O QUE LÊS”, DE GORDON D. FEE E DOUGLAS STUART

RESENHA CRÍTICA DO LIVRO “ENTENDES O QUE LÊS”, DE GORDON D. FEE E DOUGLAS STUART

Entendes o que lês: um guia para entender a Bíblia com auxílio da exegese e da hermenêutica (Vida Nova, 2009, 330 páginas), dos teólogos Gordon D. Fee e Douglas Stuart, traz uma abordagem diferenciada para compreender o texto bíblico, sobretudo a partir do domínio da exegese e da hermenêutica. Segundo os autores, a exegese consiste na busca do sentido original do texto escrito, enquanto a hermenêutica significa a atualização do texto bíblico à luz da realidade do leitor.
Na introdução, os autores destacam mais de uma vez que o texto bíblico, antes de ser escrito à população atual, foi escrito ao povo de antigamente. Desta forma, antes de compreender o sentido atual do texto, é necessário dominar o contexto histórico, a religião e as crenças pessoais da pessoa que escreveu o texto bíblico, a situação política e econômica do povo para o qual o texto bíblico foi dirigido, etc, assuntos que são objeto da exegese. Outrossim, pode-se enfatizar a brilhante colocação dos autores de que a originalidade na interpretação da Bíblia, ou busca de um significado divergente da opinião da maioria dos leitores bíblicos, é fruto muitas vezes de um orgulho pessoal do intérprete ou da defesa de uma opinião pessoal do intérprete, o que ocorre por exemplo na Teologia da Prosperidade.
No capítulo seguinte, os autores destacam que a epístola tem um significado ocasional, sendo escritas sobretudo por conta de motivos relevantes, como divergências e esclarecimentos quanto a determinados pontos da doutrina cristã. Também, especial colocação é dada quando estes afirmam que, antes de se extrair para a realidade do leitor os escritos das epístolas, deve-se compreender os motivos que levaram Paulo e outros apóstolos autores destes escritos a elaborarem-nos.
No capítulo 4, os autores trazem ao leitor mais um ensinamento novo. Ao tratar das narrativas bíblicas, estes afirmam que Deus é o protagonista de toda