Resenha crítica do filme - o enfermeiro

Resenha crítica do filme “O enfermeiro”
Lançado em 1999, entre uma parceira das produtoras Versátil e Fraiha, “O enfermeiro”, foi o primeiro filme roteirizado e dirigido por Maurício Faria (dramaturgo baiano, professor da UNEB e idealizador da “Mostra de cinema e vídeo de SEABRA”). Com grandes interpretações dos autores Paulo Autran e Matheus Nachtergaele, fotografias de José Guerra e direção de arte de Paulo Flaskmann, a produção faz uma adaptação de uns dos melhores contos do renomado escritor brasileiro Machado de Assis (1839-1908). Autor de verdadeiras obras-primas, tais como: Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891) e Dom Casmurro (1889). Em suas obras, Machado de Assis faz uma análise psicológica, observando a consciência da personagem, transferindo muitas vezes para o leitor as suas próprias reflexões, dialogando com ele, quebrando o envolvimento emocional e a ordem cronológica da narrativa, denunciando, com uma visão do mundo pessimista e irônica, a face oculta das ações humanas e desmascarando as aparências da burguesia do século XIX, cujo objetivo principal era o sucesso financeiro.
O filme “O Enfermeiro” narra a história de Procópio, um jovem formado em Teologia que sai da cidade do Rio de Janeiro rumo a uma pequena vila no interior da Bahia, para cuidar de um velho rico chamado Coronel Felisberto, que além de doente possui um comportamento agressivo e intolerante. Mesmo padecendo com uma doença terminal, inferniza a vida de Procópio com atitudes violentas e humilhantes. O jovem movido ora pelas virtudes recomendadas pelo vigário local, ora pelo bom ordenado, resiste a xingamentos, insultos e bengaladas do coronel.
Porém um dia, o enfermeiro é levado a um grau de desespero e mata o paciente. A grande surpresa é que Procópio herda todos os bens do coronel, nos deixando pensar se esta não teria sido mais uma das manobras de Felisberto para fazer cumprir sua vontade.
Ao assistir o filme sofre o drama de consciência intensificado pela