resenha critica
Nesta obra, José Renato Nalini oferece a visão de oito juristas sobre a missão confiada ao profissional, com propostas concretas para seu aprimoramento nas diversas áreas de atuação com o desafio de identificar em suas áreas específicas de atuação e de pesquisa a importância dos princípios de direitos humanos e de que forma isso pode ser um vetor para suas disciplinas de regência nos cursos de Direito. Cada autor aborda em um capítulo temas relacionados a cultura e as profissões jurídicas numa sociedade em transformação, a formação do advogado, formação jurídica do cartório, visão crítica da formação profissional e das funções do promotor de justiça, a cultura do jurista, a formação do juiz brasileiro, procuradores do Estado e exame de Ordem.
Inicialmente, tem-se a abordagem da cultura e das profissões jurídicas no qual é exposta a nova configuração no campo jurídico, defendendo a tendência que as profissões jurídicas têm de modificar-se, com a exigência cada vez maior dos novos graus de especialização funcional e técnica na formação profissional. Importante ressaltar que as preocupações dos profissionais do Direito vêm assumindo uma postura mais engajada com a realidade social, constituindo esta discussão como uma problemática metodológica essencial à reformulação jurídica brasileira e às novas funções dos atores jurídicos que, cada vez mais, indagam sobre a formação jurídica normativa e técnica.
Outra crítica apresentada é acerca da visão do direito como uma ordem coativa da conduta humana, num entendimento de ordem racionalista, de forma que o Direito contém normas que se encontram graduadas em escalões dentro de uma pirâmide hierárquica e toda interpretação depende, em última análise, da colocação da norma na estrutura hierárquica. A norma fundante é que dá origem à fundada e esta passa a ser a fundante relativamente à inferior, e assim