Resenha Critica
Gattaca é uma ficção cientifica norte americana de 1997, que faz uma crítica ao poder da manipulação genética e suas contribuições para a eugenia social, abordando as consequências desses desenvolvimentos tecnológicos para a sociedade. O filme conta a historia de Vincent Freeman, um dos últimos seres "naturalmente" nascidos num mundo geneticamente perfeito, que não tem um código genético modificado que lhe permita ter sucesso na vida. A sociedade que se passa em Gattaca está dividida em duas classes: os Válidos e os Inválidos, estes últimos são excluídos e considerados incapazes de participar da elite da sociedade pelo fato não serem alterados pela ciência (não manipulados geneticamente) e ainda possuírem doenças genéticas graves e imperfeições como miopia, as quais poderiam ser eliminadas através da manipulação do código genético. A escolha do embrião sem doenças e imperfeições genéticas graves é até considerada espetacular e de grande avanço para a humanidade, mas a partir do momento em que, além disso, são selecionadas também outras características, como cor da pele, olhos, cabelo, QI elevado e ótimo porte físico, isso passa a se configurar como uma eugenia social, pois se seleciona os melhores. Apesar de o filme ser do gênero de ficção cientifica, ele nos leva a pensar nas questões éticas e morais da engenharia genética. A questão da eugenia social é tratada no filme apenas em futuro distante, através da manipulação genética, porém é só parar e analisar a nossa sociedade e veremos que isso vem ocorrendo durante séculos. Os seres humanos construíram uma sociedade baseada em pessoas “normais”, porém pessoas com deficiências, que nascem mal formadas ou doentes, são completamente excluídas e eliminadas da sociedade, sendo consideradas totalmente incapazes de fazer parte da elite, como ocorre exatamente no filme, são consideradas inválidas. Em Gattaca, apesar do mais alto controle social garantido pelo