Resenha critica
Música: Win Mestens.
Consultoria de história: Nicolau Sevcenko e José Eduardo Valadares.
Bibliografia: “A corrida para o século XXI, no loop da Montanha-Russa”.
Uma produção criativa com um orçamento muito baixo.
Montanha-russa e Algodão Doce
Um apanhado do século XX crítica produzida por Mayra Matuck Sarak
Do alto da montanha-russa é possível avistar diferentes pontos de vista a partir de diferentes planos da realidade. O ritmo dos trilhos não deixa a permanência em um único plano. Cemitério em vista. Cruzes brancas vistas do alto, em uma dimensão diferente. Em menos de 100 anos seremos vistos também. E os nossos feitos estarão sendo usados!
Cemitério! Num piscar de olhos, juntamente com o desenrolar da montanha-russa, somos envolvidos em movimentos circulares que remetem ao funcionamento de máquinas da revolução industrial, iniciada no século XIX. Foi uma cena de fração de segundos. Século XX. Matemática abstrata. E=mc2. Máquinas complexas. Bombas. Bluuúuumm!
Estamos em descida. Frio na barriga… Bluuúmm! Ritmo outra vez! E o tempo de produção de um carro foi reduzido de 14 horas para 1h33min. Alex Anderson viveu de 1882 a 1919, e foi operário. Recebia $22.00 por semana e trabalhava por 12 horas diárias, incluindo sábados. Fazia pique-nique aos domingos. Nunca teve um Ford K como os que ajudava a produzir, e morreu de gripe espanhola. Não dá para ver o túmulo dele daqui.
Estamos subindo de novo! Gostozinho! Mas o carrinho parou! Estamos diante de um abismo! Fração mínima de segundos parados no ar. Entregues ao vento e à gravidade. Matemática abstrata. Despencaaaamooosss…
Vietnã. Um avô qualquer (muito simpático por sinal), que estava em um belo dia ensolarado curtindo a praia com os amigos. Ele era levantado para o alto. O alto! … Conheci o pedaço da batata da perna do filho dele. Mas podia não ser também do filho dele. Segundo