Resenha critica: por que (não) ensinar gramática na escola
Mercado de Letras, 1996.
Resenhado por: Maiza Guadalupe
UFMS – CPAN
Sírio Possenti é bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1B. Graduado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1969), fez mestrado em Linguística na Universidade Estadual de Campinas (1977) e doutorado em Linguística também na Universidade Estadual de Campinas (1986). Atualmente, é professor livre-docente (associado) no departamento de Linguística da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Teoria e Análise Linguística, atuando principalmente na sub-área Análise do Discurso, em especial nos campos do humor e da mídia. (Fonte: LATTES)
Na obra “Por que (não) ensinar gramática na escola”, o autor defende a tese de que a educação seria muito melhor se ensinássemos aos alunos o que eles realmente não sabem, a escrever e trabalhar a gramática de uma forma complementar. E para explicá-la o autor apresenta uma proposta de mudança, muito interessante, para o ensino da língua portuguesa. A obra é dividida em apresentação, mais duas partes subdivididas em temas chaves. Na apresentação da obra ele explica sua estrutura, como nasceu a idéia do livro, qual sua função e qual o significado da leitura.
A primeira parte do livro se detém em apresentar “um conjunto de argumentos que poderiam convencer os leitores de que é completamente desnecessário ensinar gramática na escola, se o objetivo for dominar a variedade padrão de uma língua e tornar os alunos hábeis leitores e autores pelo menos razoáveis” (1996, p.59). Possenti apresenta várias teses de que não se deve ensinar gramática, pois se observamos melhor a fala de nossos alunos veríamos que eles sabem muitas coisas e que é perda de tempo ensinar o que eles já sabem. Uma criança quando entra para escola já sabe falar, formar frases, negar, usar diminutivos e aumentativos em