Resenha Critica IED B Rbara Soares 140017011

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Resenha crítica: DWORKIN, Ronald. Domínio da Vida: aborto, eutanásia e liberdades individuais. Tradução de Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2003. Capítulo 2 (pp 41-94)

O capítulo dois do livro Domínio da Vida aborda uma questão muito polêmica, o aborto, de vários paradigmas: políticos, sociais, morais, jurídicos e também pessoais, ao trazer exemplos de casos de aborto ou dúvida quanto a fazê-lo. Traz argumentos de ambos os lados da questão, os que são contra e os que são a favor, analisando todas as vertentes das ideias de cada lado e, por fim, concluindo que os dois grupos concordam que a vida tem seu valor intrínseco que deve ser respeitado. Entende-se do texto que a grande polêmica sobre aborto gira em torno de se o feto é ou não uma vida humana, com direitos e interesses próprios, e se pode-se considerar a prática do aborto um assassinato. As principais divergências sobre o assunto são se o feto já é uma pessoa com direito a vida desde que o embrião é fertilizado, os chamados argumentos derivativos, ou se será uma pessoa em certo momento da gestação, ou se só será uma pessoa ao nascer, Dworkin aborda duas visões antagônicas para discorrer sobre o assunto, o feminismo e a religião. O aborto sempre foi algo inadmissível moralmente na maioria das sociedades, senão todas, exceto nos casos que regem a lei, ainda assim enfrentando forte oposição das comunidades religiosas. Algumas religiões são totalmente contra o aborto, como o catolicismo, outras adotam uma posição mais liberal, permitindo-o em casos muito bem delimitados. Já o movimento feminista, em parte, defende que a mulher deve ter direito de interromper a gestação se assim acredita que é o melhor para si e para a criança, de ter autonomia sobre seu corpo. Esse argumento foi apresentado por Robin West, feminista americana que acredita que o aborto não pode ser considerado um assassinato, mas sim uma