resenha critica eu te amo
Por: Andrea Beatriz Souza Dos Santos
“Eu te amo” (1981) é um drama com roteiro e direção de Arnaldo Jabor, que apresenta o envolvimento de um casal nos anos 70, os protagonistas Maria (Sônia Braga) e Paulo (Paulo César Pereio) acabaram de sair de uma relação complicada e lidam com o amor de forma quase que surreal.
O enredo do filme é repleto de longos diálogos e muitos palavrões como na cena em Maria vai ao apartamento de Paulo e fala por minutos seguidos, apresentando uma performance quase que teatral cantando e recitando poema, numa conversa bastante lúdica em que é feita varias reflexões sobre a vida. A trilha sonora é composta em sua maioria por músicas do cenário nacional, o tema central eu te amo (1980) é uma parceria entre (Chico Buarque e Tom Jobim). Em varias cenas os espelhos são usados para produzir um efeito diferente, como na cena em que Maria conversa olhando para o reflexo de Paulo.
O drama questiona o que é o amor de uma forma angustiada e desiludida, em alguns momentos parece que os protagonistas enlouqueceram por causa ou falta dele. O sexo é apresentado no filme de forma explicita, tanto Maria como Bárbara (Vera Fischer) tem varias cenas em que conversam nuas com Paulo. O diretor aborda o marxismo através de Paulo o personagem afirma que feministas são todas “sapatonas” que não gostam de sexo e que algumas mulheres querem mesmo e ser estupradas, no final Paulo ainda chega agredir fisicamente Maria. O diretor ainda discute a prostituição e a homossexualidade. Paulo em dado momento sai com um travesti que desabafa suas inquietações enquanto mulher no corpo de homem, após a conversa eles fazem sexo, o protagonista em outra cena havia declarado que sua família era de degenerados e ele era o único que ainda não era “viado”.
Arnaldo Jobor apresenta o Brasil de forma pessimista, ele aponta que o país é uma loucura e critica o sistema de saúde na cena em que Paulo vai encontrar sua ex-mulher Bárbara no hospital e é feita uma comparação