Resenha critica do livro epistemê
SIEPIERSKI, P. D. . Localização Histórica do Racismo no Protestantismo Brasileiro. Epistêmê (Feira de Santana), Feira de Santana, BA, v. 02, n.01, p. 61-72, 2000.
CREDENCIAIS DO AUTOR:
Paulo Donizeti Siepierski, possui graduação em História pela Universidade de São Paulo (1987), graduação em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo (1982) e doutorado (Ph.D. in Church History) pelo The Southern Baptist Theological Seminary (1989). Atualmente é professor da Graduação e Pós-Graduação no Departamento de História na Universidade Federal Rural de Pernambuco. Tem experiência na área de História das Religiões e desenvolve Projetos de Pesquisa nas Linhas de História, Religião, Política e Sociedade.
RACISMO: SITUANDO-O HISTORICAMENTE NO PROTESTANISMO BRASILEIRO
RESUMO:
O artigo aborda o protestantismo brasileiro que apresenta conotações racistas trazido por países europeus bem como os Estados Unidos. O protestantismo assumiu duas características típicas que denotaram o conservadorismo das tradições dessa religião: a ênfase sobre a experiência religiosa individual que valoriza mais a emoção do que a razão e a noção do destino atribuído à nova nação. No Brasil, a prevalência do racismo dentro dessa religião conseguiu adeptos que pudesse defendê-la aumentando a disparidade entre raças bem como a supremacia daquelas que se consideravam superiores às outras, o que explica o protestantismo ter aversão às religiões afro-brasileiras.
O autor coloca que o protestantismo é um fenômeno tipicamente europeu, com valores e cosmovisão europeus, enraizado entre povos anglo e germânicos (alemães, escandinavos, holandeses e ingleses), foi transplantado para os Estados Unidos mantendo os mesmos valores, desenvolvendo as características já mencionadas. O protestantismo a ser destacado pelo autor refere-se ao de missão proveniente dos Estados Unidos do tipo presbiteriano, batista e metodista que teve suas origens no século dezenove,