Resenha castelo de ambar
Resenha do Capítulo: Um Conto, Apenas do livro: Castelo de Âmbar – Mino Carta
O capítulo “Um Conto, Apenas” do livro Castelo de Âmbar de Mino Carta refere-se aos relatos sobre os dois anos mais críticos da história da revista Veja e de sua saída da Editora Abril que são os anos de 1974 e 1975.
Na época Mino era Diretor de Redação do Jornal da Tarde, da organização O Estado de S. Paulo, tinha muita influencia no veículo e era respeitado pela família Mesquita, então dona da organização. Mino recebeu uma proposta de trabalho do grupo Abril, da família Civita, onde já havia trabalhado há algum tempo e na qual desvalia solenemente.
“a Abril definiria características e objetivos da publicação e Mino a dirigiria se não machucassem sua alma e negassem princípios e crenças que ele cultivava. No dia-a-dia, os Civita não teriam interferências e só poderiam discutir cada edição depois de publicada”. p.157
Apreensivo e ciente que os Mesquita não o aceitariam mais, ele aceitou a proposta dos Civita para dirigir a revista Veja.
Mino usa o livro como oportunidade para fazer revelações de fatos importantes para ele, como sua adequação e estreitamento com a política depois de sua migração para a editora Abril e seu choque de ideias para com os Civitas, principalmente no período da Ditadura, eles não ultrapassavam a genérica adesão aos valores pregados pela retórica ocidental, sendo claro para eles que o Brasil estava fadado à condição de vassalo do império dos EUA, mas Mino sempre se manteve fiel.
Essa relação desconfortável com os Civitas levou Mino a pedir demissão da Editora Abril em um período conturbado da revista Veja, que já era de situação complicada desde seu lançamento por fatores como o emplacamento do novo estilo de publicação e a situação política da época.
A mudança e sua história na Veja não fazem Mino Carta compungir-se foi um período duro de aprendizados e modelação de seu estilo de jornalismo,