resenha capitulo 3 livro introdução à economia, wilson cano
Resenha capítulo 3: No capítulo 3 (A circulação em uma economia de mercado), Wilson Cano pretende analisar a circulação da renda e do produto no sistema econômico. Para que isso fosse possível, fora feita a análise da produção de bens e serviços nos capítulos 1 e 2 e a análise dos fluxos real e nominal, para que se possa trabalhar a questão da circulação. É necessário, contudo, esclarecer alguns aspectos desses fluxos antes de seguir para a parte final do capítulo, que irá tratar do condicionamento quadridimensional dos mercados. Iniciemos com o fluxo real da produção de bens e serviços de consumo. Este é gerado pela materialização do trabalho, pela ação da força de trabalho na manipulação de insumos, recursos naturais e capitais, gerando o fluxo real de bens e serviços que é direcionado à população (ativa e não ativa). Mas o aparelho produtivo depende de outros fluxos para que possa existir esta ação da força de trabalho. Primeiro (não devidamente nesta ordem) temos o fluxo real de trabalho, oriundo das famílias como fator de produção, que é direcionado ao aparelho produtivo. Também temos a utilização de capital e recursos naturais como fatores de produção no aparelho produtivo. Mas para que haja capital, o excedente de capital (lucro acumulado) do aparelho produtivo é utilizado para manutenção do estoque de capital. Da mesma forma, a força de trabalho e o capital possuem uma interação na manutenção e revigoramento dos estoques de recursos naturais. Decorrente dessas interações, temos o consumo, que é dado pela distribuição de bens e serviços na sociedade. O consumo pode ser encarado como a utilização do resultado do trabalho materializado, mantendo a força produtiva (aparelho produtivo) que faz com que o fluxo real se direcione ao aparelho produtivo, para uma nova geração de bens e serviços. Esse processo “circulatório” é mantido pela sua contrapartida (fluxo nominal) estabelecida