Resenha dos cap.1e 2 de wilson cano
No primeiro capítulo o autor apresenta o conceito de Economia de Mercado, analisando sua complexidade e seus principais elementos, a saber: os fatores de produção e os fluxos que compõem a dinâmica desta economia. Ele nos diz que a evolução da sociedade humana conduziu a alguns fenômenos que tornaram muito mais complexas as relações econômicas, por exemplo, pela separação dos momentos de produção e consumo dos bens, que inicialmente aconteciam quase ao mesmo tempo e feitos pela mesma pessoa e com o tempo passaram a serem feitos por pessoas diferentes em momentos diferentes. Isto foi possível graças ao surgimento das trocas e posteriormente das moedas e também pela divisão do trabalho. O autor apresenta os períodos históricos onde estas transformações se deram: sociedades pretéritas, as civilizações clássicas, o feudalismo, a período da expansão mercantil, a revolução industrial até chegar ao capitalismo moderno. Um ponto que me chamou a atenção ao analisar estas mudanças foi compreender que com a introdução das moedas primitivas o homem deixou de se basear no valor de uso dos bens e a se focar no seu valor de troca. A moeda começa a deixar de ser um meio (MDM) para se tornar um fim em si mesma (DMD). O autor segue mostrando que as necessidades humanas se expandem e na medida que as necessidades mais básicas vão sendo satisfeitas, elas começam a se sofisticar e novas necessidades vão sendo criadas, chegando até o consumo de luxo. Neste ponto o autor cita diversas estatísticas que sustentam sua tese como por exemplo a relação de veículos por habitante no Brasil, que era de 1:142 na década de 1950 e chegou a 1:10 atualmente. Para atender estas crescentes necessidades os homens precisam produzir mais coisas e em maiores quantidades. Neste ponto entra o conceito de escassez relativa de bens, explicada pelo fato de certos insumos e fatores de produção serem naturalmente limitados, como por exemplo, a mão de obra qualificada. A