Resenha cap I, Introdução à Economia Wilson Cano

No primeiro capítulo do livro, o autor descreve a importância e a conexão entra atividades humanas, compartimentos produtivos e instituições no que tange a economia de mercado. Por meio de uma análise história, descreve como o homem da antiguidade detinha todo processo de produção e, dessa forma, satisfazia suas necessidades de consumo de forma direta, ou seja, era única e inteiramente responsável pela satisfação daquelas necessidades. Com as invasões bárbaras, nas quais os homens perdem suas terras comunais e fogem para a proteção dos feudos, há o fortalecimento do Feudalismo. Nesse momento, é introduzido um conceito importante, ressignificando a noção de valor de uso e valor de troca: anteriormente, o dinheiro não era visto como forma de acumulação de riquezas e sim com a finalidade de troca (MDM). A mudança ocorre quando, então, o dinheiro adquiria mercadorias para serem vendidas com lucro, obtendo-se, com isso, mais dinheiro (DMD). É nesse cenário que ocorre a transição para a sociedade moderna. A produção não visa apenas o consumo próprio e a satisfação de necessidades individuais e básicas, uma vez que essa satisfação ocorre de forma gradativa (quando uma necessidade mais simples é alcançada, busca-se outra maior, até chegar a noção de luxo). Ela está em busca do excedente, do que traz lucro. Tendo em vista o excedente, o autor analisa processo produtivo, que se dá por meio de três fatores de produção: o trabalho (população), a terra e o capital. Cada um desses fatores ajuda a entender, por exemplo, a disparidade entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Indicadores relacionados à dinâmica das populações, como saúde e educação, taxas de mortalidade e natalidade levam à conclusão de que, uma força de trabalho que dispõe, em seu país, de um bom sistema de saúde, um sistema educacional que qualifique seus alunos e saneamento básico, será uma força de trabalho qualificada e disposta, ou seja, mais eficiente do que aquela de um país com condições