Resenha: BAUMAN, Zygmunt. Vida em fragmentos: Sobre ética pós-moderna. Capítulo 1
Disciplina: Sociologia do Direito
BAUMAN, Zygmunt. Vida em fragmentos: Sobre ética pós-moderna. 1. Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
Capítulo 1: Uma moralidade sem uma ética
Introdução
O autor inicia o capítulo ora sob análise com uma breve definição de ética. Estabelece que “de modo ideal, a ética é um código de lei que prescreve o comportamento ‘universalmente’ correto, isto é, para todas as pessoas em todos os momentos”.
Indica BAUMAN que a enunciação de determinações éticas é tarefa de peritos em ética. São eles: filósofos, educadores e pensadores, que têm acesso a um conhecimento não acessível ás pessoas comuns, que se dá por meio de comunicação com os antepassados, estudo das sagradas escrituras ou do desvendamento dos ditames da razão.
Cedo ou tarde, diz o autor, sentimos necessidade de uma orientação confiável, uma vez que somos suscetíveis ao medo de estarmos errados, receando o que chamamos de pecado, medo, culpa ou vergonha.
Sociedade: a operação de acobertamento
O autor discorre sobre a ideia de caos, partindo da concepção da socióloga polonesa Elzbieta Tarkowska. Expõe a resistência oposta pelos participantes do debate sobre estudos culturais à inserção desse conceito, concluindo que a “ideia de caos parecia estar carregada, desde o princípio, de um estigma que nenhum esforço de definição poderia apagar”.
Afirma que a sociedade é uma operação de acobertamento contínuo, limitando-se a produzir uma fina película de ordem sobre o caos.
Examina a ligação entre sociedade e religião, e de como aquela mascara suas limitações contrapondo-as à onipresença, onipotência e onisciência divinas.
Relata, utilizando-se do exemplo de Schopenhauer, como a filosofia do século XIX marginalizou qualquer tentativa de arranhar a pretensão de ordem.
Entretanto tal panorama foi alterado, afirma BAUMAN, e o que era antes “a voz da dissidência está se tornando ortodoxia”.
Enfrentar o não enfrentável
Analisa o autor, no