Resenha: Bases de dados: a metáfora da memória científica (Fernando Sayão)
O texto disserta analisando as bases de dados, seus esquemas de representação e recuperação, sua seletividade e as barreiras impostas pelas linguagens de indexação à ciência produzida no Terceiro Mundo.
Quando queremos buscar informação em uma base de dados, estamos mergulhando na memória coletiva cientifica de um determinado grupo de nosso interesse para solucionar nossas dúvidas ou procurando informações que definam, completem o nosso trabalho de pesquisa.
O autor discuti no decorrer do texto a relação entre bases de dados com os aspectos cumulativo, social e institucional da ciência e sua contribuição da memória virtual ao controle e enquadramento da produção científica, que vão desde os limites impostos pelos mecanismos de representação do conhecimento até os desvios ideológicos que conduzem deliberadamente à marginalização de autores, conhecimentos, fatos não identificados com os padrões da ciência oficial. Sobre a formação da memória eletrônica, segundo o autor, as bases de dados é uma metáfora da informação original que só existe em função do seu referente, da sua vinculação remota com algum conhecimento real. A representação do conhecimento é feito muitas das vezes através de uma linguagem documentárias derivadas da linguagem artificial, feitas através da linguagem natural.
Essa linguagem documentária exposta no texto, é pela sua própria artificialidade, extremamente redutoras de significado e só podem cobrir conceitos domínio específico, ou seja, uniformizados e controlador de linguagem, garantido assim aos países de Primeiro Mundo a detenção da produção cientifica, representando a maior parte dessa produção mundial.
Entende-se que nas entrelinhas do texto que ao tentar recuperar resultados de assuntos relacionados a países em desenvolvimento será dificilmente recuperado e que a própria base de dados fará com que sejam preservados a uniformidade e o caráter dos países