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MORADIA BURGUESA BELENENSE NO PERÍODO DA BORRACHA (1850-1920)
COELHO, André de Barros. Moradia Burguesa no Período da Borracha (1850-1920). Rio de Janeiro. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2007.
Em sua dissertação de mestrado, André de Barros trabalha com a historiografia da arquitetura tanto regional (no caso, Belém), como brasileira. Através de levantamentos bibliográficos e físicos, ele estuda manifestações das residências históricas burguesas de Belém do período que compreende de 1850 a 1920, trabalhando em sua tese de forma “contraria” do que se espera, ele inicia sua tese explicando as formas internas da casa, assim como sua funcionalidade, para depois abordar o estilo do exterior da casa, bem como todas as transformações que esse estilo carregava, podendo ser estéticas ou sociais.
Inicialmente o autor faz um breve comentário sobre a importância da casa/residência, onde explica que “a casa, enquanto abrigo, tem sido na história da humanidade a unidade arquitetônica mais vezes criada e recriada pelo homem, motivo pelo qual é uma das principais testemunhas da sua ação modificadora.” (p. 19)
Após essa caracterização, ele entra em um debate sobre monumento x documento, dizendo que a casa é um documento e tem que ser estudado como tal, e faz uma citação de Le Goff: “Onde faltam os monumentos escritos, deve a história demandar às línguas mortas os seus segredos… Deve escrutar as fábulas, os mitos, os sonhos da imaginação… Onde o homem passou, onde deixou qualquer marca da sua vida e da sua inteligência, aí está a história.” FUSTEL DE COULANGES apud LE GOFF
(1990, p. 535), explicando logo em seguida que devemos “compreender a casa, um artefato humano, como documento não escrito, cujo sistema não-verbal, como modo de comunicação da arquitetura” (p. 20).
Em sua introdução ele faz um pequeno levantamento histórico, social e econômico da época, assim como comparações do tanto de edificações que tinham no período e o que se