Resenha 2001: uma odisseia no espaço + 2010: o ano em que faremos contato
O filme é dividido em três partes. Na primeira, Kubrick visita a aurora do homem, onde um monolito espacial alienígena é colocado na terra propositalmente, contribuindo para que nossos ancestrais comecem sua evolução. E numa seqüência espetacular, Kubrick salta milênios até o ano 2001, num dos cortes mais espetaculares do cinema Na segunda parte, acompanhamos a missão de astronautas rumo ao planeta Júpiter, para investigar um sinal sonoro emitido de um “monolito” encontrado enterrado em solo lunar. É nessa parte que conhecemos o super-computador HAL 9000, que é tido como perfeito, até que comete um erro, prejudicando a missão, e iniciando assim a angustiante batalha entre homem e máquina. Depois vamos para a parte final (a melhor e mais complexa), onde Kubrick nos revela o próximo passo da evolução humana (segundo o que ele acha). Num show de efeitos especiais.
“2001” é a obra cinematográfica mais complexa já feita. Até hoje, ninguém pode dizer ao certo qual o significado real do filme, isso porque este é um filme que nos faz refletir, que levanta questionamentos, ele não dá respostas. E seus temas são muito complexos. Além disso, o filme não é apenas bom em conteúdo, ele é ótimo também na parte técnica, talvez o melhor filme técnico do cinema. Kubrick fez miséria com os poucos recursos da época, criando efeitos especiais que, se hoje ainda são sensacionais, imagine na década de 60. Muitos não gostam do ritmo lento do filme, mas não percebem que isso é mais um dos elementos propositais da obra, nada ali é sem sentido, tudo foi muito bem pensado. Kubrick também inovou, filmando algumas seqüências de tensão com a câmera na mão, criando o conceito das “steadcams”.
Enfim, Stanley Kubrick era um gênio, e “2001: Uma Odisséia no Espaço” é a prova disso. Um verdadeiro show visual, uma demonstração pura de genialidade, um espetáculo de música e imagens fantásticas (as cenas no espaço são ao som de “Danúbio Azul”). Com certeza, um dos