Resenha 12 anos de escravid o
Ele passa 12 anos vivendo como escravo, numa condição, pode-se dizer “sub humana”. De uma hora para outra é privado de sua liberdade e também de toda a sua dignidade. Percebe que para sobreviver, ele precisa inclusive esconder seus dons e conhecimentos, porque mostrar-se culto poderá custar a sua vida.
O filme choca, principalmente por ser uma história real. Solomon sofre toda sorte de humilhações (além dos castigos físicos). Também presencia atrocidades contra outros seres humanos, na mesma condição de escravos em que ele se encontra. Fica evidente na história a visão distorcida e totalmente equivocada que se tinha dos negros, como “coisa”, não como ser humano. Daí a inevitável lembrança do artigo 5 da nossa Constituição Federal, tão preocupado em proteger os direitos e garantias fundamentais.
O filme nos leva ainda a reflexão de que esse passado retratado no filme, talvez não esteja tão distante dos dias atuais. Frequentemente explode na mídia notícias de toda parte do mundo, onde pessoas são libertadas de trabalhos forçados, em condições de escravatura. Particularmente, ao assistir o filme recordei-me de uma notícia vista a alguns meses, na qual uma pessoa ao adquirir um produto pela internet, da China, recebeu dentro do mesmo, um bilhete com os dizeres “I´m slave, Help me”. Prova mais do que concreta de que mesmo com toda a proteção do Direito Internacional a escravidão ainda é uma realidade em nosso mundo.
A CONVENÇÃO AMERICANA DE Direitos Humanos, também conhecida como Pacto de São José da Costa Rica ( ratificada pelo Brasil em 25 de setembro de 1992) por exemplo, é um dos muitos documentos jurídicos que aborda a questão. O documento tem um total de 81 artigos, incluindo as disposições transitórias, e tem como objetivo