Representações Simbólicas

Todas as representações traduzem formas de apropriação do mundo, no qual explica, traduz e ordena o real, tornando-o lógico e coerente. E toda sociedade e cultura possui um sistema de representação, porém, com a presença de diferentes classes sociais, a leitura e a representação do real se manifesta de formas distintas em cada uma, de acordo com sua realidade. As representações simbólicas, acabam sendo permeados pela ideologia, considerada um conjunto de ideia de uma época, caracterizando uma “opinião geral”. Desta forma, o senso comum, os saberes filosóficos, científico, técnico, artístico, religioso, político e outros ficam presos por essa “visão de mundo” que emana das forças sociais dominantes.
Segundo o antropólogo francês Gilbert Durand, a consciência representa o real por duas maneiras: uma forma direta, na qual o fenômeno representado parece estar presente, como na percepção simples ou simples manifestações de sensações. Outra forma é a indireta, quando, por qualquer razão, o objeto representado está presente e aparece na consciência por meio de um imagem, como por exemplo, nas recordações da infância ou fatos passados.
Na maioria das vezes, o processo de socialização é uma inculcação ideológica, no qual a sociedade visa a consolidação da hegemonia natural ideológica de uma classe social sobre as demais, porém, não se pode destacar somente esta forma de socializar, pois pode haver inúmeras contradições que possibilita a manifestação de comportamentos sociais diferenciados. As manifestações místico-religiosas são de fundamental importância na formação de fenômenos sociais, naturais e psicológicos, passando a estruturar pensamentos, consciências e a orientar comportamentos, inclusive por serem incorporados ao senso comum e às práticas cotidianas da