René Descartes
Com oito anos, ingressou no colégio jesuíta Royal Henry-Le-Grand, em La Flèche. Descartes reconheceu que lá havia certa liberdade; no entanto, no seu "Discurso sobre o método", declara a sua decepção, não com o ensino da escola em si, mas com a tradição escolástica, cujos conteúdos considerava confusos, obscuros e nada práticos. Em carta a Mersenne, diz que "osConimbres são longos, sendo bom que fossem mais breves (crítica já então corrente, mesmo nas escolas da Companhia de Jesus). Descartes esteve em La Flèche por cerca de nove anos (1606-1615). "Descartes não mereceu, como se sabe, a plena admiração dos escolares jesuítas, que o consideravam um deficiente filósofo”. Prosseguiu depois seus estudos, graduando-se em direito, em 1616, pela Universidade de Poitiers.
Em 1619, viajou para a Alemanha, onde, segundo a tradição, em dia 10 de Novembro, teve uma visão em sonho de um novo sistema matemático e científico. No mesmo ano, ele viajou para a Dinamarca e a Polónia.Em 1622 retornou à França, passando os anos seguintes em Paris.
Em 1637, publicou três pequenos tratados científicos: "A Dióptrica", "Os Meteoros" e "A Geometria", mas o prefácio dessas obras é que faz seu futuro reconhecimento: o "Discurso sobre o método".
Em 1641, aparece sua obra filosófica e metafísica mais imponente: as "Meditações Sobre a Filosofia Primeira", com os primeiros seis conjuntos de "Objeções e Respostas". Os autores das objeções são: do primeiro conjunto, o teólogo holandês Johan de Kater; do segundo, Mersenne; do terceiro, Thomas Hobbes; do quarto, Arnauld; do quinto,Gassendi; e do sexto conjunto, Mersenne.
Em 1642, a segunda edição das Meditações incluía uma sétima objeção, feita pelo jesuíta Pierre Bourdin, seguida de uma "Carta a Dinet".
Em 1643, o cartesianismo é condenado pela Universidade de Utrecht. Descartes inicia a sua longa correspondência com a princesa Isabel (1618 – 1680), filha mais velha de Frederico V e de Isabel