René Descartes
Acreditava, por exemplo, que seria melhor se pudéssemos receber desde criança o uso completo da nossa razão ao invés dos ensinamentos e conselhos de nossos preceptores, pois para ele era fundamental desfazer de todas as opiniões acerca das coisas, para construir em nosso próprio espaço os pensamentos e conclusões. Podemos dizer que a influência às vezes nos deixa cego no sentido de análise para um senso mais crítico, pois se aprendemos (com ou sem filtro) desde cedo que ‘X’ é correto, teremos esta a nossa resposta para todo o sempre. Dividia portanto as pessoas em dois tipos: aqueles que duvidam e buscam respostas diferentes e aqueles que seguem a opinião da maioria, pois não sabem distinguir o verdadeiro do falso. É uma divisão radical mais não são poucas as pessoas que encontramos a margem de um bom senso crítico.
Em certo momento faz um aviso interessante, no qual não podemos chamar ninguém de bárbaro ou selvagem, pois todos usam a mesma razão e se um mesmo homem tivesse vivido entre franceses e alemães, seria bem diferente se tivesse vivido entre canibais. Isto é um fim, pelo menos em palavras e analise lógica, para um princípio de racismo ainda muito inflamado em nossa sociedade.
Descarte quando começou seu empreendimento, de fato, não descartou todas as opiniões, seria inviável, para tanto, postulou uma ‘moral provisória’, que constituía de: a) obedecer às leis e costumes do país. E partindo das opiniões dos mais sensatos, retirando todo o excesso e prestando mais