rene descartes

Primeira Parte

1 – “(…) a potência de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o que chamamos de bom senso ou razão, é naturalmente igual em todos os homens; e assim, a diversidade de nossas opiniões não vem de uns serem mais razoáveis que os outros, mas só de conduzirmos nossos pensamentos por caminhos diversos e não considerarmos as mesmas coisas.” p.15

2 – “(…) método pelo qual me parece poder aumentar gradualmente o meu conhecimento e elevá-lo pouco a pouco ao mais alto ponto a que a mediocridade de meu espírito e a curta duração de minha vida lhe podem permitir alcançar.” p. 16

3 – Pode ser, porém, que me engane e tome um pouco de cobre e de vidro por ouro e diamantes. Sei quão sujeitos estamos a nos enganar no que diz respeito e também quão suspeitos nos devem ser os juízos dos nossos amigos, quando são a nosso favor. p. 16

4 – “A minha intenção não é ensinar aqui o método que cada qual deve seguir para bem conduzir a sua razão, mas apenas mostrar de que modo procurei conduzir a minha.” p.16

5 – “(…) a leitura de todos os bons livros é como uma conversação com as pessoas mais distintas dos séculos passados, que foram seus autores, e até uma conversação estudada, na qual eles só nos revelam os seus melhores pensamentos.” P.17

6 – “É bom saber algo dos costumes de diversos povos, para julgarmos os nossos de modo mais sadio e não pensarmos que tudo o que é contra os nossos modos seja ridículo e contrário à razão como costumam julgar os que nada viram.” p.18

7 – “Mas quando gastamos tempo demais em viagens, tornamo-nos por fim estrangeiros em nosso país; e quando somos curiosos demais das coisas que se faziam nos séculos passados, costumamos permanecer muito ignorantes das que se praticam neste” p. 18

8 – “Nada direi da filosofia(…) nela nada se ache sobre o que não se discuta, e por conseguinte, não seja duvidoso, eu não tinha a presunção de esperar descobrir nela algo melhor do que os outros.” p.19

9 –