Renascimento
Durante boa parte da Idade Média, encontramos na Europa um tipo de sociedade em que as pessoas estavam presas a um determinado Status que integrava a hierarquia social. Servo ou senhor, vassalo ou suserano, mestre ou aprendiz, a posição de cada pessoa inseria-se numa estrutura social verticalizada e rigidamente estabelecida. A fidelidade era a principal virtude dessa sociedade, na medida em que conformava cada pessoa dentro dessa estrutura estática. Com a Idade Moderna, os laços dessa estrutura de dependência social romperam-se, abrindo espaço para que o indivíduo pudesse emergir.
O Espírito burguês de competição
O desenvolvimento do comércio e a crescente participação do Estado na economia favoreceram, dentro de cada país, a disputa por mercados, o aumento da concorrência e do lucro. Uma das principais virtudes daquela época era a capacidade de competição, uma das características da burguesia. Essa virtude, somente desenvolvidas em pessoas ansiosas por crescimento, observadoras do mundo em expansão, capazes de utilizar a razão a serviço das mudanças e do progresso social. O espírito burguês exigia, a crença em si mesmo e na confiança de vencer sozinho, de dominar as adversidades, de encontrar soluções racionais e eficientes. Esses valores burgueses chocavam-se, com a mentalidade dominante na Idade Média, que concebia um modelo de homem obediente à Igreja, voltado para a cristandade e acomodado às restrições feudais, isto é, um homem, resignado ante Deus onipotente e obediente à Igreja, seu representante na Terra. Em contraposição à mentalidade cristã medieval, os tempos modernos formularam um modelo de homem, caracterizado pela ambição, pelo individualismo e pela rebeldia. Alguém disposto a empregar transformações no mundo em que vivia.
Os novos valores culturais
Em substituição aos valores da Idade Média, a mentalidade moderna formulou novos princípios.
• Humanismo: Em vez de um mundo teocêntrico (centrado em