Relógio
Numa civilização como a actual que impera a técnica, a vida dos homens rege-se pelo relógio. Porém, nem sempre assim foi. Durante muitos milhares de anos a Humanidade viveu ao ritmo das divisões naturais de dia e noite, Verão e Inverno; a experiência dizia-lhe quando devia semear e colher.
As antigas civilizações da Mesopotâmia e Egipto precisavam já de uma maneira mais exacta de medir o tempo, pois os sacerdotes deviam saber prever acontecimentos importantes como um eclipse ou as cheias dos grandes rios. Foram os astrónomos da Babilónia quem, por volta de 3000 a.C., pela primeira vez dividiu o dia em 24 horas iguais. E os sacerdotes babilónicos para aumentarem os seus poderes fazendo previsões mais rigorosas dividiram a hora em 60 minutos.
Já os Egípcios mediam o tempo de forma diferente, por volta de 2050 a.C. dividiam tanto a noite como o dia em 12 horas iguais. Do nascer do Sol ao pôr do Sol consideravam sempre 12 horas, independentemente da duração variável da luz do dia nas diferentes alturas do ano.
Nesta altura usavam-se dois tipos de relógios, os relógios de Sol e os de Água.
Relógios de Sol – eram simples, já eram conhecidos na babilónia por volta de 3000 a.C. (Até ao meio dia, uma travessa tinha de estar na extremidade leste da trave principal e apontando a direcção norte-sul. A sombra movia-se ao longo de uma escala existente na trave principal. Ao meio dia mudava-se a posição do relógio).
Relógio de água – O relógio de água mais antigo do mundo foi encontrado no Templo de Ámon, em Carnac, Egipto. Este relógio tinha uma outra capacidade, funcionava também de noite, quando não era possível utilizar relógios de Sol. Um sofisticado relógio de água foi inventado pelo chinês Han Kung-Lien a cerca de 1088 d.C.. (O nível de água que escorria por um furo na base indicava a passagem do tempo nas marcações feitas num vaso de pedra. [