Religiões
A umbanda surgiu na década de 1920 no Rio de Janeiro. E quando em seguida começou a aparecer aqui e ali, nas décadas de 30 e 40.
Apesar de suas origens negras, a umbanda nunca esteve preocupada com a ideia de preservação das raízes africanas e nem mesmo se empolga hoje com o movimento de reafricanização que perpassa as suas congêneres, principalmente o candomblé.
Nascida no Brasil a umbanda pode ser chamada de religião brasileira primeiro por esse fato. Mas a umbanda também pode ser dita “religião brasileira” porque é resultante de um encontro cultural histórico único, que só se deu no Brasil: O encontro cultural de diversas crenças e tradições religiosas africanas com as formas populares de catolicismo, mais o sincretismo hindu cristão trazido pelo espiritismo kardecista de origem europeia.
Possui uma clientela que, além de maciça, é diversificada ao extremo quanto ás classes sociais.
O candomblé é a mais poderosa matriz negra da umbanda.
Por ser explicito e assumido o politeísmo umbandista se oferece de modo convincente como alternativa legitima de religiosidade popular num pais majoritariamente cristão , formalmente monoteísta.
A umbanda tem, por outro lado, características espiritas bastante acentuadas.
Além dos orixás propriamente ditos, cujo panteão ela compartilha com o candomblé, nos rituais de umbanda “Baixavam” espíritos de índios brasileiros ( caboclos), espíritos de negros escravos (os pretos-velhos). São os chamados guias.
Os guias são espíritos de gente morta, espíritos não individualizados como no Kardecismo, mas tipificados, que também “baixam” e “se incorporam” nos médiuns durante os toques e danças rituais.
Os guias são espíritos intermediários, inferiores aos orixás. São agrupados e escalonados pela umbanda em linhas e falanges segundo os mais variados critérios: etnia, afinidades profissionais, idade e etc.
Um dos esquemas mais difundidos e mais tradicionais é o das sete linhas, subdivididas em sete falanges ou legiões.